domingo, maio 20

Sublime



Óh António, volta lá a gravar isto num vídeo mais audível mas que mantenha a... simplicidade e ingénua malandrice desta versão. Está sublime.
Assim que comprar a guitarra, "hás-de ser minha".

Sarcasmo, ao mais alto nível




















Sarcasmo ao mais alto nível, nem que seja pela altitude do mesmo. Bem ali também não está. Continuemos a procurar...

...e do nada, lágrimas incontroláveis!



Vi este filme este fim-de-semana. Não sei bem como classificá-lo mas aconselho a ver e a resistir (o ritmo é algo lento e a ideia é meio espessa) ainda que exista ali história a ser vista e que retrata o lado escondido da existência de resorts. Mas bom bom é esta cena. Não sei bem que horas eram, tarde certamente, mas a risada foi uma daquelas de ecoar pelo silêncio e escurinho da noite como um trovão.   

sábado, maio 19

Que "tocata" tão catita



E de uma pimbarolice se faz um raio duma versão curiosa e que me faz sorrir. Que baril, que gozo! Muito bem. Venha de lá o "põe o carro tira o carro" :)

Era bom...


Faço votos para que neste preciso momento o árbitro Pedro Proença esteja a negociar o preço da liga dos Campeões para o Bayern. Talvez uns 70 mil milhões de euros. Não sei porquê este valor... juro que não.
Eu bem avisei a Merkel que depois da banhoca de cerveja dada pelo descuido, puramente acidental, do António, seria enviado outro operacional altamente qualificado. Pois bem, se quiserem o caneco é bom que façam a transferência e é em cash, nada de "salshichas" ou Mercedez que disso temos cá que chegue. 



Conheces o Proença? O sacana sacou-me uma nota preta. Depois do jogo lá para casa para trabalho “extra”. Não me pode custar só a mim…

A saída da Grécia é outra


Este artigo vai ser todo dedicado à Grécia cuja tragédia me tem levado o sono... Mentira mas algo me diz que andamos todos muito serenos, no meio da subida insana e terrível ladeira que nos calhou pela incompetência calcorrear.
Estava aqui a... não interessa quando pensei que a Grécia podia sair da crise se tivesse espírito empreendedor. Vou aqui deixar os três passos fundamentais para o recobro quasi imediato daquele ancestral país, onde eu identifico tantas semelhanças com o nosso. Então quais são estes quatro pilares: a língua, o olimpismo, a democracia e as artes teatrais. 
Ora deixando a democracia, que acaba por ser o "melhor dos piores regimes", de fora desta ladainha demente ainda que houvesse ali potencial a explorar, passo a explicar-me:
1.º A língua. Na Grécia fala-se o Grego e se bem que isso tem pouca expressão em termos mundiais, o Português por exemplo é a sexta língua mais falada do mundo (se bem que existem sites que a referem no 4.º lugar), já não se pode dizer o mesmo num domínio importantíssimo como as ciências. Por exemplo na Matemática, os ângulos não se chamam Manuel ou Joaquim em Portugal, Michel ou Sylvie em França, Anne ou Otto na Alemanha. Não, eles são sempre o alfa ou beta ou gama ou qsi. E isto só falando em ângulos e na disciplina de Matemática. Na Física ou Química são inúmeros os casos semelhantes onde existe uma verdadeira orda de simbologia Grega por ali à solta. Não falo na questão da disciplina de Filosofia ou História. A Grécia teve um peso incomensurável no caminho trilhado e que ainda se trilha em muitas disciplinas a nível global e qual foi o ganho? Nicles, népia, zerinho. Pois bem os gregos deviam começar a exigir royalties sobre esse abuso histórico sem esquecer os necessários retroactivos devidos de anos e anos em que tal passou incólume.
2.º O movimento Olímpico. Desde que Aquiles calcorreava a Terra nas suas lutas endiabradas, que os gregos pensavam e indicavam o sentido em que as sociedades se deviam orientar, e bem, não de qualquer maneira. E o movimento Olímpico acaba por ser uma marca nunca explorada convenientemente por quem foram os seus criadores: os gregos. Se hoje os gregos inventassem os jogos olímpicos esses seriam protegidos com um qualquer código de propriedades várias nem que fosse só a típica intelectual. Agora imaginem o que isso equivaleria em cash para a Grécia? E que seria dos jogos de Pierre de Coubertin, que lhe deu a matriz que conhecemos hoje, se os gregos numa das semanas anteriores, aquando da saída da chama da Grécia na sua típica viagem até ao destino dos jogos deste ano, Londres, se alguém dissesse: Pois mas é assim, a chama não sai daqui até que alguém passe o cheque... Qual cheque? A chama sempre saiu à borla! Pois mas isso era com a administração anterior, agora para a chama sair tem que ser pago o imposto do...fogo. Foguear na rua é proibido nesta época do ano pelos incêndios e esta é uma chama danada, já fogueia aqui há imensos anos! Não há água que apague esta malandra e por isso todo o cuidado é pouco. Ora é até Londres? Pois bem são... clic clic clic... 5 milhões de euros, por quilómetro... Vai ser cheque ou transferência do BCE?
3.º As artes teatrais. Não há peça de teatro que não se inspire nas comédias, drama ou tragédias gregas. Qual é o dramaturgo mais famoso? Talvez Shakespeare que definiu uma época antes e pós ele tendo influenciado toda e qualquer futura peça. E até ele foi beber à fonte grega por isso nem vale a pena pensarem em subterfúgios para se descomprometerem com a responsabilidade assumida. Bem... já estão a ver onde vou com isto...royalties e retroactivos são a chave de tudo. E quem não estiver de acordo leva com providências cautelares do advogado do Isaltino. E não venham com dramas, que disso percebem eles. É pagar e não bufar. 
E isto tudo é melhor ser rápido antes que Zeus acorde do seu soninho...

Há que aparar a relva


Enésimo caso envolvendo um ministro e alegadas pressões, ou estranhas imiscuências, do poder político nos meios de comunicação. Quando ainda não tinha passado tempo suficiente para deixar assentar a poeira do caso relativo ao jornalista Nuno Simas, eis que ressalta para as bancas um novo caso não menos preocupante. 
Não culpo os jornalistas, pelo menos os de investigação que, e bem, fazem um trabalho insubstituível mesmo em estados de direito, mas sim as personagens que polulam entre público e privado necessitando e promovendo a relação com os jornalistas e fazem o oposto quando os seus telhados de vidro são descobertos por estes. Não me vou alongar. Se se passou como foi dito, e passarei a citar, e juntando a este outros casos que já envolveram Miguel Relvas, acho que o único caminho seria o da porta. Mas para isso era preciso personalidade. Pegando no comunicado do gabinete do ministro onde se admite que o ministro realizou os referidos telefonemas, mas desmente as ameaças. Citando: "como é óbvio, a decisão de publicar ou não uma determinada notícia compete exclusivamente aos membros da direcção editorial de um órgão de comunicação social".
Apetece dizer: como é óbvio a decisão de cumprir ou não as alegadas ameaças (boicote de todos os ministros ao jornal “Público” e divulgar na internet detalhes da vida privada da jornalista) compete exclusivamente ao Ministro o Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

Quando o sábio aponta para a Lua, o "distraído" olha para o dedo.













...e depois um ou um grupo dos teus alunos descobre o teu blogue. As achegas ao mesmo são inevitáveis e heis que ouves muitas, mais das coisas que lhe são mais próximas, invariavelmente as músicas. Mas ali ao lado tira a cabeça de fora um piropo que diz: "fogo, o stôr escreve é muito." Nota de rodapé: não "muito" de elevada qualidade dos mesmos mas "muito" no sentido, depreciativo, da extensão anormalmente grande dos textos. 
De todas as críticas construtivas ou destrutivas que poderiam e deveriam ser feitas, até porque é perante os que aqui vêm aos quais me quero penitenciar após o "mergulho" neste vasto mar de "peixinhos" e "peixões" com lápis de vários calibres e recebo uma crítica de valor...(?) O que está entre o destrutivo e o construtivo? Sentado, numa tarde de sol na esplanada à beira-mar plantada com bikinis a esvoçar por aqui e ali ao sabor duma... águinha natural, sem gelo em copo morno. Não tem nada a ver... 
E depois Vicente Jorge Silva apareceu-me na cabeça em forma de fantasma...que dirias hoje?

terça-feira, maio 15

Há que saber ler os sinais


Sou um rapaz de ciência. Não renego a existência de outros factores intrínsecos à existência humana mas todos os que me fogem o matutar racional, são-me algo esotéricos aos quais dou a devida atenção. Quase nenhuma. Mas, e parece que existe sempre um mas em tudo, heis que se constroem defronte de mim os seguintes sinais: vitória de Hollande por 2% apenas; pessoas a comemorar do partido de Hollande, não dando graças à sua vitória mas sim à derrota de Sarkozy; decisão de indigitar um professor de alemão (mau?) para primeiro-ministro; uma tomada de posse "servida" pela fresca da manhã com voo marcado, no mesmo dia, para a Alemanha...? Já, ao beija-mão?; avião esse que é atingido literalmente por um raio!!! O tipo tem pouco juízo e entra noutro e, aqui penitencio-me, só deus saberá se desta chega ou não... Este é o resumo, assim à lá ligeira dos primeiros dias do presidente Francês.
Parecem-me sinais a mais e ler sinais não deve ser só uma arte de bruxas ou cartomantes. Se come erva, tem manchas negras e brancas, tem corninhos, um badalo...ao pescoço e faz mú... talvez, mas mesmo só talvez e não apostando mas arriscando, seja uma vaca (esta deve ter pouca vontade de rir). 

Isto tudo aponta para uma grande Merlande.

domingo, maio 13

Do baú

Futuro? Só os avós é que podem


É useiro dizer-se que o futuro está nas crianças, nos mais novos e talvez seja por isso que investimos e insistimos na sua educação e formação mas... Se existe a necessidade da transmissão desses conhecimentos e valores de umas gerações para as outras também é ou será correcto dizer-se que, só isso, não basta. Assim concluí, numa investida de loucura ou pura e destilada sensatez que se o futuro será dos mais novos não será de somenos pensar que o caminho para chegar lá depende quase em exclusivo dos mais velhos, os velhotes, os anciãos ou avós e explico.
O que fazemos aos nossos idosos? Empandeiramo-los em lares e confiamos que a vida siga o seu curso sem necessidade de que nos preocupemos com isso. Há gente paga para tratar desse assunto, que o não era, e que do nada se transformou numa espécie de problema. Um dia seremos um problema... Mas nesse fazer estamos a desperdiçar um bem imenso e incalculável de conhecimentos, sabedorias várias mas mais importante, descaramento e o poder supremo de fazer o que apetece e não querer saber, sabendo muito bem o que se fez... Uma espécie de criança malandra só que mais velha. Exemplifico. É costume eu dizer quando vejo um político a governar mal que era a minha avó que podia ter mão naquilo. Não que a minha avó seja uma espécie de super-mulher, pelos menos aos olhos menos informados. Foi-o à sua maneira no seu tempo de plena actividade como o são todos os avós, pais e mães mas hoje em dia não lhe veríamos essa capacidade. Então o que é que eu vejo que vocês não? Simples, se uma coisa está mal um idoso, a minha avó por exemplo, pode chegar e a coberto do manto dos anos resolver as coisas. Não há televisão porque a Anacom e o governo fizeram um negócio da china para o bolso da PT. A minha avó podia, farta de não ver o Jorge Gabriel ou a Sónia Araújo, pegar numa pistola e dizer: Senhor (presidente da PT ou da Anacom), bom dia. Faça o favor de me ligar a televisão lá no lar. Mas minha senhora é que bla bla bla whiskas saquetas e pum! Chumbo no senhor do fato. 
Agora estão a pensar: Txii, então mas assim a tua avó, com a profícua idade de 86 anos iria de cana! Não sei porquê mas duvido mas duvido de tal modo que tenho a certeza que isso não sucederia. O que sim sucedia era que o assunto era tema de conversa e de solução. A única coisa que a minha avó fez um dia que mereceu a reprimenda da autoridade foi passar a estrada fora da passadeira, no tempo da outra senhora, em que os "guardas" passavam multas a esses comportamentos "desviantes". Ainda hoje podem mas... não estão para isso. Agora imaginem que este exemplo se passava em muitas outras coisas injustas que vivemos todos os dias: Bom dia senhor primeiro-ministro. Então o senhor vai continuar a deitar dinheiro para o BPN ou para as PPP's enquanto não me aumenta a pensão para a qual eu trabalhei durante mais de sessenta anos e que dá a módica quantia de pouco mais de duzentos euros? Sabe minha senhora é todo o edifício económico do país que pode estar em causa se assim não fizermos bla bla bla...pum!!! Imaginem o poder que os nossos avós têm no futuro do país. É tudo uma questão de os convencermos. Vou já tratar disso e começar a dar formação aos meus pais, pelo sim pelo não...   

...à atenção do 1.º Ministro


Aqui fica uma dica para o optimista-mor, o 1.º ministro. Talvez com este esquema, à prova de tótos, aprenda a estar caladinho e utilize a força poupada no verborrear para governar o país real de uma vez por todas.

sábado, maio 12

Bernado Sasseti



Quando ouvi a notícia, almoçava antes de voltar para a escola para terminar o dia, pensei: porra... como foi possível!? Doença? Entrado no carro passadas umas horas e já construindo o caminho de regresso ouvi que tinha sido acidente. Pensei: porra 41 anos! porra a tirar fotografias, Bernardo!? É nestes momentos que eu não acredito em deus nenhum, maior ou menor. Não há porque se houvesse isto não aconteceria e não me venha a beata de turno dar a balela do livre arbítrio porque ainda lhe mordo. 
Este tipo tinha o verdadeiro espírito Da Vinci: onde "tocava", tocava sempre em perfeição, fosse música, fotografia, pintura... Dele apenas sabia do seu precoce talento e que possuía uma extraordinária relação com o piano, que me fazia com a sua simplicidade com ele, querer ter um para mim, ter a mesma poesia na ponta dos dedos, a mesma energia e imaginação naquele quadro onde se pintam infinitas "telas" maravilhosas a poder de branco e negro. Recordo a equipa brutal que fazia com outros dois grandes, Mário Laginha e Pedro Burmester e que tinha em mente ver quando a providência mo permitisse. Já uma vez aqui escrevi que a verdadeira essência da existência não se mede pela capacidade de produzir dinheiro ou dominar a ciência. É a arte, as várias artes, o maior bem que o Homem pode acolher para si. Não se explica, vive-se, garante emoções e vezes, sem conta, estados de reflexão que é o que nos distingue dos bichos e nos transporta para um estado maior. Para além das questões pessoais, perdeu-se um marido e pai de família, filho e irmão de alguém, sabemos o que ele produziu e ficamos tristes não só pelo que ele já nos tinha dado do seu génio mas daquilo que ainda poderia dar o que, seria na certa, imenso. Não consigo pensar em nada mais do que: porra, não é justo. Tanto gajo reles que continua, sem morrer, a gastar o ar da gente boa e valente e tipos desta craveira que vão assim, num flash.

Ontem, os ratos sairam à rua.


Porque é que eu aqui escrevo? Sinceramente já não sei. Acho que ainda se mantém o mesmo espírito do início só que naquele então a ideia, ao ser nova, revestia-se de emoção por ter algo que dizer, escrever e, na outra face da moeda, de encontrar feedback de quem lê.
Este último ponto sempre tive pouco. No resto creio que aquela emoção foi-se e que agora escrevo no desabafo de cidadania num estilo "à capela". Assim pego neste sentimento para me desproteger ainda mais aos olhos dos que lêem e aqui exponho, sem apelo ou agravo, algo que ontem vivi: escrevo aqui porque gosto de política, pelo confronto das ideias mas como a política não é mais do que um lodaçal para o qual eu não tenho resposta dou por mim a não ter para com os políticos mais do que o meu melhor asco e agressividade. Ontem cheguei de viagem e, pelo menos aqui na minha cidade, devia o dia de revestir-se de alguma importância ao nível dos partidos mais representativos. Passo, como sempre, e passei ontem igualmente, no caminho para casa dos meus pais, pela sede dos mesmos e aquando da passagem pela sede do psd achei aquele ajuntamento estranho. Até a velha guarda, aquela mesmo velha de bengalinha, ar decrépito buscando ajuda nas mãos dos correlegionários uma lufada de força para a saída da viatura  que se encontrava na rua.
Por esses momentos tive que esperar para que suas excelências saíssem da estrada, que empatavam, e seria mentiroso ou, já que falamos de políticos, seria inverdade que não me apeteceu atropelar furiosamente aquela gente só pelo simples facto de serem laranjas apontadas ao céu. Lá saíram e a fila de trânsito desmobilizou tal como o meu ódio visceral, que esmoreceu ao sabor do empedrado citadino. Pensava eu que estava afastada a surpresa quando chego às imediações da sede do ps onde encontro semelhante ajuntamento e penso: "mau? Os vampiros saíram à rua pelo dia". Começas a perceber um padrão... Chegado ali vejo aquela gente que me dá asco, que os vejo como o pior dos interesseiros, como seres putrefactos e que apenas procurar sugar algo de ti. A meio daquele nada dou com um amigo e outro grande amigo, que até lerá estas palavras e que juro que não esperava encontrar ali.
Do meu amigo já sabia que o seu novo caminho era por aquela porta. Fiquei algo desapontado quando o soube mas... Também sei que por ali só irá para pior. Não por ser por ali ou acolá, onde passara, mas por ser por aqueles meandros. Certo dia, quando me disse que ia entrar numa lista trocamos umas ideias despretensiosas sobres os temas na ordem do dia e senti-me defraudado e desanimado fui pensando: também não irás fazer nada, serás mais um "engraxador de sapatos". Mas ver ali o outro meu amigo pelo qual tenho grande estima foi... Bem, se um dia se proporcionar a conversa lhe darei, se achar útil, a minha opinião. Da breve troca de palavras que o semáforo permitiu sobrou um "então que tal? Não queres vir beber um copo? (o diabo dele falando) ao que respondi: "jovem não dou para estes peditórios" ao que a sua nova costela partidária o levou a voltar-se rápido na procura de gastar a energia numa "ovelha". Do segundo recebi um desanimado "trouxeram-me para aqui". Oh carago, que não somos ovelhas, que temos cabeça e idade para não sermos levados para outro lado que não seja a nossa vontade!
Bem arrumei o acontecimento e quando fazia o caminho de volta, pelo mesmo trajecto pensava: bom, se gostas de política como raio um dia a poderás fazer sem te deixares sujar por um partido ou como poderás fazer passar as tuas ideias sem eles? Pois não sei, ainda que exista uma coisa que tenho presente: Tal como o Ricardo Sá Pinto, também eu terei que fazer uma espécie de curso de anger management para poder vencer este ódio visceral a esta corja.

"Hobbes, preciso que espanques um filho da puta"


Ele há dias que me deito com declarações que julgo fruto ou produto do cansaço ou sono que carrego. Mas hoje voltei a ouvir as mesmas declarações de ontem e como o cansaço ficou minimizado na noite sossegada, acordo, ouço e penso: vou-me a este camelo.
As coisas que aqui escrevo têm a repercussão que têm, ou seja, mínima. Talvez seja por isso mesmo que ao designar o Primeiro Ministro por idiota, a probabilidade de ser alvo de um processo por difamação seja próxima de zero. Assim sendo, quero responder a este idiota-mor que ontem fez questão de afirmar que o desemprego não deve ser encarado como uma desgraça ou algo negativo mas sim como uma coisa positiva. Só faltou afirmar que: "quem não se despede é mariquinhas!". Coroou o ramalhete ao dizer que os portugueses têm uma aversão ao risco. É digna a capacidade de alguém que consegue aproveitar uma liberdade conseguida por outros e que pouco encontra respeito em palavras e não no dom da mesma, na posição que ocupa mas não da capacidade para a bem realizar, para produzir afirmações que mereceriam não uma resposta oral mas sim uma gestual ou uma outra abrupta materializada pelo uso indiscriminado de um pau no lombo do Sr. Primeiro Ministro que se estimularia "aos gritos como um tarado" (by virgem suta).
Este senhor pratica um culto de afirmações estúpidas de tal modo graves que acredito são resultantes de um excessivo afastar da realidade que se vive por esse país fora. Existe uma diferença enorme entre motivar e provocar mas ao olhos, ouvidos ou sentidos deste ser ruminante a diferença não existe. E nesta relação com a palavra e as pessoas que se percebe que tudo aquilo que foi conseguido por esta sumidade foi feito sem mérito. Quem for ler isto pensará: e quem és tu para pensares que sabes mais do que um primeiro ministro?
Bem, comparado com este palerma, eu não tirei um curso numa universidade privada, fi-lo num tempo que é suposto e não levei mais de uma dezena de anos a conclui-lo. Com a idade de 22 anos já exercia a minha profissão sem ter tido um empurrão, uma cunha ao invés deste anormal que só aos 41 anos começou a trabalhar, com cunha e que na put"##! da sua minimal vida dele nunca andou de currículo na mão de porta em porta no sentido de conseguir um trabalho. Quem é então este encartado paspalho para dizer isto? Nunca se esqueça de algo: ganhou as eleições por falta de alternativa credível, por ter-se chegado ao extremo com o PS e não pelos seus lindos olhos ou conhecimentos que lhe eram reconhecidos. Seja humilde seu merdas. Não ganhou um cargo vitalício e lembre-se que está contratado a prazo pelo povo português para o cargo - é um mero assalariado. Aversão a risco tem sua excelência que nunca na vida teve que se a ver sozinho para conseguir algo na vida sem cunha. Grandessíssimo aborto.  

terça-feira, maio 8

Quem vier que (des)espere

















O Sr. Murphy partilhou certo dia umas leis curiosas e engraçadas, por certo muitas delas por si vividas. A questão da manteiga no pão, a afirmação de que se alguma coisa pode correr mal, assim será ou que todo o corpo mergulhado numa banheira, faz tocar o telefone. São todas merecedoras de uma leitura no sossego e na companhia de uma ou outra risada. O problema chega, como com todas as leis, quando as mesmas se vivenciam. Pois bem, hoje vou fazer de Edward Murphy e partilhar com todos uma lei, não de Murphy, mas minha. Aqui vai: quando vais na estrada e encontras um carro da polícia, irás encontrá-lo na zona proibida a ultrapassagens e terás, tu e aqueles que impotentemente estiverem atrás de ti, que gramar uma seca eterna que te irá fazer perder anos de vida até que o pastelão saia da frente. Eu sei... é meio longa mas... eu ainda não tenho o traquejo do Sr. Murphy.
Coisas que eu tenho para mim: as meninas na escola são chamadas à parte dos meninos para lhes ensinarem as técnicas dos saldos; as mães são ensinadas a fazer pescada cozida quando não apetece (que é nunca!); os pais são chamados à parte para moer o juízo pelas coisas mais simples e os polícias são chamados para lhes dizerem que quando conduzirem devem andar a 30 km/h e que devem reduzir 2 km/h por cada carro que conseguirem acumular na sua traseira. Quem chegar a cem carros tem um dia de férias. Quem conseguir provocar, atenção com qualidade, dois derrames e um avc terá um cacetete novo de pele de acelera da ponte Vasco da Gama!
E depois no meio da fúria que se instala, das cócegas que começam no pé do acelerador até percorrer a espinal-medula, a par do esbugalhar raiado de sangue borbulhante das vistinhas, ao imaginar "à lá americana" de pregar o pé a fundo e empurrar aquela lata para o fim do mundo ou abrir a janela e disparar, tal qual o Al Capone, às múmias de serviço. Mas é aí que reparamos: no farol do stop do lado esquerdo, cheio de água até meio (como o país... será que dará um curto-circuito?); pisa-se e transpõe-se o traço contínuo à grande; Stop's (qué isso!? marca de coldres?) nem vê-los; condutor e resto da tripulação da "nave" sem cinto de segurança (não vi o da farda...). Mas verdade seja dita: ao fim de dez minutos de seca, aquele pisca para a esquerda e o consequente desamparar de loja foi feito com uma qualidade mas uma qualidade, com um nível digno dos projectos do arquitecto Souto de Moura! À fadista motorista! Salva de palmas com o engrenar a quarta!
Para finalizar. A cidade é empinada mas no vivenciar da tarde, este, estava invertido. Ainda assim a velocidade raiou, ao de leve, de brisa de mosquito indisposto, os 30km/h e nem um cheirinho de travão para amostra (ou curto-circuito). Meus amigos, isto está clarinho como a água que tem chovido, meus amigos. Com o preço da gasóleo, aquele charuto e sus originales foram o trajecto todo a travar com o motor, meus amigos!! Um claro e gritante sinal de despesismo em tempos tão austeros, onde cada litro de gasóleo de tão caro que está, já dá direito a que o mordomo Ambrósio abasteça a viatura em múltiplos de frasquinhos de combustível à lá channel n.º5. 
PS: o vídeo vale a pena mas só a partir do minuto e tal (coloquei a versão completa)
 
   

segunda-feira, maio 7

Europa crua mas não nua


E chegaram as eleições à Europa. Não tinha já acontecido? Sim em Portugal e Espanha mas as Francesas e as Gregas pode oferecer a gota que vai fazer transbordar o copo europeu. Portugal e Espanha também poderiam atingir esse ponto de não retorno mas eles são "meninos bem comportados" do caminho para o fim da linha. Por motivos diferentes estas eleições que ontem ocorreram podem ser determinantes para o futuro do jogo. 
No caso da França, o seu enorme peso a todos os níveis na plataforma europeia faz uma espécie de sondagem maciça do estado de espírito de um considerável eleitorado europeu e... ganhou Hollande. Que quererá dizer isto? Bem ao nível dos votantes a ideia é clara: chega de austeridades, mude-se o rumo das decisões e quebre-se, delicadamente que não se chega a vias de facto com as senhoras e nem a massa europeia quer voltar aos tempos prévios ao 7 de Maio de 1945 (curiosamente faz hoje 67 anos), a aliança entre a França e a Alemanha que indicava, pior que um cego, que o caminho para a saída da crise era directamente pelo meio do marasmo económico e social. 
Subsistirá, mais do lado de fora do país do que no íntimo dos votantes gauleses, a dúvida até prova de contrário de se o Sr. Hollande e a sua palavra são fidedignos e cumpridores ou se por outro lado este é um outro "aparelho revolucionário de fitness" que promete, como os outros, aos que carecem de magreza e vontade a panaceia para alcançar o desiderato do corpinho danone no puro refastelamento do mais fofo sofá. Para já não falar que o Homem que ganhou as eleições e tem nome de país, obteve a vitória com uma margem quase digna de fotofinish... E Sarkozy, advogado de formação, que irá estudar? Filosofia na Católica ou Antropologia em Coimbra? 
Para mim o pior estará na Grécia. Assim, de um modo muito singelo, ganharam os extremos o que prova de modo irrefutável que os extremos podem tocar-se, mas sem carícias... Algo me diz que desse perigo, e só desse, estamos a salvo porque duvido que haja algum ponto de consenso entre a extrema direita e a extrema esquerda susceptível de criar uma base de governo sólida que dure... 30 segundos antes da sala arrepiar caminho numa batalha ao mais finíssimo gosto asiático, os mestres da tareia política. Um caldo de tamanha confusão em que não consigo encontrar paralelo histórico ou literário que não seja a antiquíssima tragédia grega. Os gregos podem falhar em muita coisa mas não falham nos iogurtes e nas tragédias. São sempre de arrasar. Já há quem diga que a próxima novela da TVI vai ter direcção grega... 
Se os Gregos rasgarem o acordo com a troika os tempos prometem ser: muito duros para os gregos, duros para a europa, muito duros para Portugal (ficamos nós no olho do furaquinho...) que já não lhe bastava aguentar o fado nacional ao mesmo tempo que controla, pelo canto do olho, o jeito desequilibrado do flamenco espanhol ao que agora parece irá juntar-se o drama grego. A europa como um todo terá que, pela primeira vez, tomar as rédeas do seu destino desde o início da crise ou então caminhará sem margem para dúvidas para uma comoção económica (só?...) que não terá precedentes a não ser aqueles que a história relata do pós-guerra. E já nem nos prazeres mais queridos se pode confiar tal é o desgoverno que graça por essas terras. Até a playboy nacional se está a agovernar, isto é, promete e não cumpre. A belíssima publicação de elevado teor gráfico-oratório-novidoso-jornalistico estava afastada das bancas e heis que o mês de Maio trouxe a perspectiva de uma lavagem ocular à moda antiga que prometida ruborizar os corações mais empedernidos para a maior graça da Terra: as nuances dos corpos femininos. Mas heis que, tal qual um político, a publicação que promete nudez daquela nudez desnudada e rói a corda, não a lingerie, e dá às gentes um balde de água fria ao sabor do catálogo da Triumph. Não se brinca assim com as pessoas fragilizadas e convém lembrar que se ergueram revoluções por menos! Já nem na nudez há transparência.

domingo, maio 6

Para a minha mamã




Porque hoje, no calendário, é dia da mãe. Verdadeiramente é todos os dias, né mamã!? :)
Um beijinho daqueles.

sábado, maio 5

É não é, stôra!?
























Não sei o resto do teste... mas esta tenho-a certinha, sem dúvidas!

Velho virou novo e de que maneira.




...e como nem o amanhã nem o hoje me chamavam e já tinha o ontem relativamente acomodado em mim... mantive-me por aqui na "busca" de mais coisas nossas. Grande versão!

Mais um pedacinho de nós




Música cá do burgo. E as coisas boas que temos que não se lhes vê o fim? Ainda bem.

Nós e as nossas circunstâncias




Vistos de fora sem a crise às costas, nos bolsos ou na cabeça, parece que somos "do caraças hã!" Vejam que não é tempo perdido e alimenta o ego.

quarta-feira, maio 2

E parece Outono...



Hoje noutro registo. O salto entre as teclas parecem passos num dia como o de hoje, construído com chuva, vento e tons vários de cinzento.

Aqui o corpo a desfiar o vento... :)



E aqui, quem dentro de sua moradia ao sabor de uma bebida quentinha via na rua, os corpos lá fora a moverem-se as sabor do "air". Mais um golinho à saúde dos destemidos.

terça-feira, maio 1

Touché

Pois... explicas tanto.

Portugal... boquiaberto.

 .

Hoje, dia 1 de Maio, voltou a fazer-se história de um modo que, antes dela o ser, poucos o poderiam ter previsto. É quase como a rábula inicial do super-homem: é um avião? é um pássaro? Não, é o super-homem! Hoje foi algo parecido no diário jornaleiro: são os discursos alusivos ao 1.º de Maio? São as sandices verborreadas por algum agente do governo? Não, é a malta a tarear-se forte e feio num qualquer pingo doce a propósito das promoções insensatas do presente dia.
Porque lhes chamo insensatas? Porque este, não sei bem como classificar..., frenesim poderia ter sido obtido noutro dia qualquer, exactamente do mesmo modo. Neste dia, escolhido com propósito muito vincado ficam imagens e pontos de vista muito significativos. 
1.º Para os proprietários do Pingo Doce, tudo vale, mesmo, em certo modo e do local onde me sento e penso, desprezar um dia em que o Trabalho, que tantas vezes lhes serve para encher a boca de ar e a barriga de riqueza, deveria ser homenageado - algo sem o qual o homem não pode viver, algo que lhe define o carácter, a fibra, que lhe dá um equilíbrio emocional, familiar e social. Para o grupo Pingo Doce fazer promoções em dia em que deveriam estar encerrados é indiferente. Qualquer dia encontrarei esta gente a vender salmão fumado, pastilhas para o hálito ou pensos higiénicos em serviços funerários, missas de domingo ou em pleno assalto à mão armada. Já me tinha sabido este Pingo a amargo aquando da saída de Portugal da sua sede, em virtude da diminuição da carga fiscal e agora este episódio. Lembrando Mário Lino: Pingo Doce, Jamais!; 
2.º É visível que as pessoas andam tão mal de finanças como de valores morais, algo que é explicado pela "peixeirada" e vias de facto, de facto, que houve entre os alguns clientes. Salve-se a curiosidade de que até carrinhos de compras vazios se começaram a alugar - "é gente desta que precisa o país" terá pensado o hamster que vive dentro da cabeça de Passos Coelho, gente que vê em tudo uma oportunidade de negócio mesmo que essa ocorra na desgraça alheia. Só espero que um dia, no funeral de um seu ente querido, não veja alguém da família Soares dos Santos perguntar: Quer'alheira, Senhor? Os relatos que li e ouvi sobre os portugueses clientes hoje da dita marca fizeram lembrar as imagens que a ajuda humanitária nos trás aquando da distribuição de alimentos às pessoas necessitadas, em África por exemplo. É mal e um, a somar a outros tantos, sinais. Eu sempre disse que este país tem tiques graves de terceiro mundo...

Deixo em mote ao dia que hoje tentou vingar, uma letrinha tão a propósito da boa gente das terras além Tejo.

Abre a boca de cansada
A mula da agonia
Chicoteia as costas magras
O Homem da estrebaria
Não dá asas ao descanso
Com o chicote levantado
Estimula a ponta do nó
Aos gritos como tarado


Dá-lhe um couce minha besta
Está na hora de mudar
Agarrando no chicote
E começa a avançar
Não te encolhas na cadeira
Á espera do que há-de vir
A cabeça desta mula
Pode algum dia servir


Qualquer dia senhor, qualquer dia.