segunda-feira, outubro 26

...apanha as canas



Convivas abalaram, tudo arrumado entre cantos, sala vazia e luzes desligadas que a arte prostrada na parede já sabe o que estes actos impõem. Pelo meio da última vez que decidi escrever houve uma eleição seguida de outra eleiçãozinha. Na segunda e, nuns casos, apenas a história nos faz perceber as distinções conseguidas, noutros o conformismo deu força às pernas para irem colocar a cruzinha. Nas primeiras ocorreu um mal menor. Não fiquei contente mas esta era a primeira vontade, abaixo com a maioria. Sou exigente mas quando a utopia nos guia a vontade, o desaparecimento em massa dos pseudo-políticos, cada situação parece um desafio extenuante. Votar nestas eleições foi como ir colher cogumelos sem perceber patavina do fungo. Os nossos políticos são fungos e seguramente prejudiciais à saúde, ao invés de alguns dos fungos alagadiços que são um acepipe.
Depois faltava ver como ficaria composto o governo sendo certo que a oposição reconfirmava as juras de verticalidade e inexistência de qualquer tipo de uniões agradáveis, uma dinâmica de pátio escolar: “não nos deixaste jogar à bola, agora que já não tens para ti, também não te deixamos jogar connosco! Toma!” Diz-se que todos temos uma criança em nós e é verdade. Por outro lado algumas pessoas perguntavam-me: então que achas da nova ministra? Sinceramente não sei mas a revolta não passou e olhando à personagem, com a probabilidade de errar como é óbvio até porque não fiz qualquer tipo de search ao ente em questão, acho que não é grande escolha e justifico porquê. Primeiro afirmam que é professora e sim é verdade e positivo principalmente quando nos lembramos do prodígio cessante e dos seus lacaios mas… há quanto tempo não exerce? Para mim isso faz imensa diferença. Depois parece-me como a Ministra de Saúde, isto é, é muito amorfa, não parece fazer nada de relevante e isso confirma-se pelo seu historial – uma pilha de livros escritos em parceria e umas posições de “ajuste directo”. Não lhe conheço, para bem ou mal, participação cívica sobre o tema educativo como tem, por exemplo, Santana Castilho. E falta ver se os estarolas amestrados permanecem ou não. Em relação aos discursos: O do Presidente, fraquinho, repetitivo, desprovido de novo alento, pé firme ou coragem como seria digno de um país moribundo mas que se recusa ao ritmo deprimente de uma qualquer fadinho lusitano. O do atleta de fim-de-semana, muito marcado por um acesso de portuguesismo, ou seja, acesso do coitadinho. És coitadinho? Toma lá uma casinha ou um subsídio para poderes não fazer nenhum e se tiveres uns rebentos, mais ganhas! O franzino atleta fez como se estivesse, mais uma vez, no pátio lá na escola: eu sou muito lindo, virtuoso e determinado mas aqueles meninos não me deixam brincar com todos os brinquedos como, onde e quando eu queeeeeero!
Pseudo-políticos é o que dá… Um carregamento de coragem para a residência do menino, se faz favor. A vida custa não é, Zé? Não vai durar muito.

PS: Um forte abraço, ou esganadela ainda não decidi, ao excelentíssimo ex-ministro, ex-eurodeputado e novel desavergonhado, João de Deus Pinheiro que mandou às favas o seu lugar de deputado em meia hora. Será que não é digno de Guiness? Devia ser digno era de umas quantas coisas do tipo… hmmm… ficar sem as subvenções vitalícias que amealhou ao longo da sua carreira?... existência pseudo-política. Já soube se assaltos que demoraram mais…

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