quarta-feira, dezembro 3

Faúlas de um dia não como os outros.



Acompanhava as incidências da greve geral dos professores. Interessante ver que um dos Secretários de Estado da Educação parece ser o super-homem - desdobra-se em mil e uma intervenções públicas no sentido contrário aos factos. Relembro que o Ministro da Propaganda iraquiano dizia que a guerra estava ganha quando as tropas americanas se assomavam às margens do rio Tigre. Pois bem este ministério é feito com pessoas do mesmo carácter.
Guardo as insanas palavras do inútil Secretário de Estado, Valter Lemos, quando questionado sobre número de escolas que aderiu à greve: "as escolas não estão fechadas, as cantinas funcionam normalmente, tal como os outros serviços administrativos das escolas". Qualquer inútil consegue obter colocação num governo socialista. Gostava de ver este mentecapto dizer isto de frente para um encarregado de educação que tem o seu filho solto como um passarinho. É verdade... aqui para nós.. este senhor foi dispensado pelo excessivo número de faltas que dava lá para os lados de Idanha-a-Nova e só a sua astúcia carrapatosa lhe permitiu dar vida à máxima: agradece ao 25 de Abril a possibilidade de dizeres tanta asneira junta.
Noutro tom e com menos enjoo, continuo a pedir às pessoas que comentam à boca cheia sobre este miserável processo, que antes de o fazerem se informem, leiam e que depois critiquem de forma ponderada e alicerçada. E deixo uma nota aos que criticam os professores só quando não têm "amas-secas" onde deixarem os seus rebentos: meus senhores tal como uma greve de enfermeiros, tal como uma greve de maquinistas, tal como médicos, a nossa greve teria que inevitavelmente abanar as vossas vidas de algum modo. Não somos nem menos nem mais do que todos os outros.

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