segunda-feira, setembro 1

Fotograma criminal



Nunca, como agora em Portugal, foi tão discutida a questão da segurança, por razões óbvias, diremos a maioria, por questões de marketing, dirão os entendidos. Estes últimos afirmam que o pico de criminalidade foi alcançado em 2003, onde se verificavam, em média e por dia, cinquenta crimes violentos. Será que os meios de comunicação dão mais ênfase hoje do que ontem? Será que realmente os crimes violentos são menores mas com recursos a melhores e mais requintadas armas? Que se encontram sob a protecção de um código penal, e dos actores judiciais, mais brando? Pois… não sei, mas que os crimes acontecem, isso ninguém nega, nem mesmo São Tomé. Crime cometidos, com recurso ao uso de força excessiva, sendo que qualquer força é excessiva para a vítima, e a armas de fogo.
A actuação policial dos últimos tempos não sossega os espíritos porque todos sabem que estas situações são meros remendos ou show-off. Duas situações que sobressaem das estatísticas e todo e qualquer tratamento estatístico, é que os actores deste tipo de crimes são jovens na casa dos “vinte e qualquer coisa, trinta e tal anos” e que este tipo de acontecimentos são periódicos e andam sempre de mão dada com as crises económica que afectam o emprego e a necessidade das pessoas. Muitos praticaram esses crimes por outras razões mas quero acreditar que a maioria seja por necessidade. A economia de mercado não se coloca, com isto, em causa mas existe muito ainda a fazer para que a mesma seja justa. Já agora, não só estas vagas de crimes são graves, os crimes de colarinho branco não são feito com recurso a armas de fogo mas ferem muito mais do que os outros. O fraco investimento nas forças e nos seus recursos também é visível. Aliás, este tipo de raciocínio avarento eleitoralista, de que a máquina do estado é pesada, que carece de cortes, que agrada aos eleitores menos avisados, mas origina este tipo de situações. Há quinze, vinte anos não se viam o número de empresas públicas que encontramos hoje, verdadeiros sorvedouros de dinheiro, e ninguém olha ou tem intenção em fazer cortes. Veja-se o exemplo da edilidade alfacinha que necessitou de passar o ponto de não retorno para tomar algumas medidas nesses verdadeiros sugadouros dos recursos públicos. Experimentem começar por aí, até lá, o melhor é a prevenção.

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