segunda-feira, julho 14

Lei da bala


Não era para escrever sobre o caso, apesar da violência e, no meu caso, o insólito da situação. As imagens de quinta ou sexta-feira em Loures, ou no bairro em questão, se fossem colocadas no meio de uma reportagem sobre o Iraque ou o Afeganistão, muito pouca gente daria pelo truque. A não ser aqueles “linces televisivos” que descobriram o leopardo no anúncio do VW Passat cc e que neste caso leriam as matrículas dos veículos (situariam a história) como uma rapidez que faria corar a cobrança de impostos.
Então se não era para escrever porque escrevo? Muito simples, vinha na estrada ouvindo o Fórum da TSF e periodicamente a locutora, e bem, há que ser realista, calava as vozes mais acaloradas sobre o caso, sempre que o destrato passava a questões de índole xenófoba ou racista.
Pois bem, aqui não há locutora e, não sendo eu xenófobo ou racista, creio que muitos dos testemunhos silenciados têm fundamento. Não quereria generalizar mas é incontornável que, seja qual for a cidade, vila ou aldeia, toda a gente tem algo, ou muito, contra a comunidade cigana. Lembro-me bem de reportagens televisivas onde o medo ou a paz era reabilitada, em certos pontos do paí,s só a poder de ameaças e confrontos fortes entre os populares e os ciganos ali “residentes” tendo este que fugir "a sete pés". É uma comunidade segregada porque ela própria se coloca nessa posição. Existem poucos que se adaptaram aos bons hábitos. Eu cá só me lembro do da trivela e esse até está a meio termo.
Portugal tem sido, nos últimos anos e não só, uma porta de entrada de cidadãos africanos, brasileiros, indianos, chineses e um porto seguro para ucranianos e outros cidadãos do continente europeu, vitimas de sucessivas guerras civis.
Essas comunidades integraram-se e tirando casos pontuais e muito ligados a factores sociais, particularmente no que toca a certas gerações na comunidade africana, não se registam grandes problemas sociais (tirando o arrastão numa praia, em Oeiras creio). Nota-se mais na comunidade africana de 3.ª ou 4.ª geração porque, a par das situações sociais como o desemprego e alguma desconfiança sobre eles, são eles, tal como os jovens lusos de gema, que se encontram mais susceptíveis à crise de valores e geracional que atravessamos.
Depois surge o termo “inclusão social”. Todos temos que trabalhar para termos as nossas coisas. Esta “rapaziada” não faz nenhum, atiraram “areia para os olhos” das autoridades ao vender, pontualmente em feiras, uns sapatitos e tretas dessas, arranjam umas facturazinhas e a vida continua já que o “estado”, esse bicho sem rosto, sem corpo, sem cheiro ou gosto, acéfalo como uma rocha, gosta quando as o “faz de conta” se institui. Eu, por princípio, desconfio há brava dessa gente e como tal as feirolas ou acabavam ou eram passadas a pente fino, tal como as suas casas, carros e tudo. Há direitos para os meninos? Haja deveres e responsabilidades!
Recebem patrocínios estatais sobre a forma de subsídios de inserção, umas casas municipais sujeitas a rendas baratas, que não são pagas, e assim vão fazendo a sua vidinha. Se recebem esses subsídios, porque razão não trabalham meia jornada na limpeza de ruas ou matas?
Também há quem diga que são os maiores no tráfico de drogas. Olhando para os “artistas” da minha cidade, isso não é sequer tido em conta tal é a certeza que eu tenho nesse aspecto. (Por esta altura já não falava na TSF há 5 minutos, praticamente desde a segunda linha do texto…)Por isso, como pagador de impostos, não temente de Deus mas cumpridor dos códigos gerais que, mal, governam este país acredito ser necessário colocar-se essa gente na linha. Há bairros onde a polícia não entra e isso é tido como normal. Se fosse eu saia era tudo pelas janelas tal era a força com que se entrava pelas portas. Sim, não tenho este gente em boa conta. Sim, por mim... No entanto dou o beneficio da dúvida e por isso investigue-se.
Outra coisa que me mete repúdio é as birras e os assentamentos que fazem em certos locais como hospitais. No tempo de Salazar, não "o saudoso", só por vezes, nessas vezes, essa gente era corrida à pancada se não desmontasse a tenda e se não fizesse pouco barulho. O estado tem receio de ser mal interpretado? Por quem? Creio que nesse aspecto os portugueses em peso estariam de acordo com a ideia simples da paridade: Se há para uns, há para todos. E que sabe se não ajudava a garantir mais umas simpatias autárquicas ou legislativas. Pensem nisso.

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