sexta-feira, fevereiro 22

Duas caras da mesma moeda



A sabedoria popular conta que, por vezes, o feitiço se vira contra o feiticeiro. Pois bem a António Costa este dizer assenta como uma luva. Inicialmente nas funções de ministro, António Costa decidiu dar verdade às contas das autarquias, as quais eram tratadas como se fossem uma fonte inesgotável. Ora bem estaria a Lei bem? Estaria mal? Não sei, o que sei é que o ministro decidiu ganhar vida própria (este governo dá má reputação) e orientou-se para a Câmara de Lisboa a qual se ergue, mo género autárquico, como o maior sorvedouro de recursos financeiros, lobbys, boys e afins.
Antes mesmo de chegar lá, Costa já sabia como iria “tratar da saúde” do buraco. Pois bem mas em vez de descarregar entulho, entenda-se mais uns quantos empréstimos, o ex-ministro entalou-se no parecer desfavorável do Tribunal de Contas (quem diria que Guilherme de Oliveira Martins iria fazer o trabalho isento que tem feito? Ninguém!). Ora bem e como um menino que não se sabe defender no “pátio da escola”, pátio esse com regras por si definidas, decidiu ir ter com os “primos” para ver se o resgatam da embrulhada. “Os primos” são o Professor Marcelo Rebelo de Sousa e os constitucionalistas Vital Moreira e Jorge Miranda. Pois bem toda esta história dá-me duas ideias: “A primeira é que o que não é bom para mim é bom para os outros” pensamento a vaguear na cabeça do António Costa; A segunda: Será que o Tribunal de Contas não saberá fazer contas? Ou melhor, será que estes eminentes advogados, é que irão ensinar os distintos quadros do dito tribunal a somar? Se realmente a história der um volte face de 180 graus, a política ficará bem servida? Os cidadãos ficarão a pensar: “é pá naquela tribunal também só há gente que frequentou cursos da Ministra Lurdes Rodrigues, daqueles que ganham o diploma sem nada fazerem” ou então “desde que se tenha um bom padrinho, tudo é possível” Ora bem estas últimas, por coincidência até são palavras próximas de uma proferidas por Marcelo Rebelo de Sousa num dos seus serões, quase a lembrar outros tempos… O professor disse, sobre um caso semelhante: “… dá a entender que neste país há uma justiça para pobres e outra para ricos”. A vergonha nunca tem rosto, mas acaba por ter todas as feições possíveis, até as mais conhecidas.

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