terça-feira, janeiro 29

Inevitável



Ponto primeiro: a política de saúde não passa por outra pessoa que não seja o Primeiro-ministro. Todas as políticas são da sua autoria e não bicéfalas (entre ele e o respectivo ministro) isto apesar de parecerem (e são) acéfalas nalguns pontos. A remodelação, é mero retoque do seu pó-de-arroz. A política de saúde vai continuar a melodia pelo mesmo diapasão seja com a Dª Ana Jorge seja com o “Zé-dos-anzóis”, por isso não se iludam. Ganha-se tempo para que tudo respire.
Correia de Campos talvez tenha tido, como um dos maiores óbices, a sua astúcia de marketing. Acredito que algumas das reformas empreendidas são importantes de modo a reduzir custos, melhorar a aplicação e racionalidade dos meios mas o modo como tudo se orquestrou e a maneira como a comunicação às populações foi feita fez desmoronar um ministro que, já anos antes, não tinha deixado muitas saudades.
E guardo dúvidas ainda sobre se esta seria a urgência da saúde. Parece-me que falta uma verdadeira e coerente política de saúde (e outras mais) e que talvez um pacto, não de regime porque isso implica apenas os malfeitores do costume (PS e PSD), mas sim um pacto alargado de modo a criar um modelo global, com consenso generalizado, sobre uma política de saúde para um país que, por vezes ou muitas vezes, parece ser rico tal é o modo e a displicência com que gasta recursos, vidas e tempo.

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