quinta-feira, janeiro 10

CGD e BCP em salto "à Vara"



Se restassem dúvidas sobre a personalidade tachista, ou sanguessuga, de Armando Vara, ela ficou hoje desmistificada por completo. Uma pessoa que é profissional, competente, empreendedora e responsável faria o que fizeram os outros administradores da CGD, isto é, pediram a demissão para se poderem candidatar ao BCP. Até aqui tudo bem, ou melhor, tudo mal mas isso é outra discussão. Já o senhor Armando o que faz? Não alinha na demissão com os outros e limita-se a pedir uma licença sem vencimento! Acho que aqui uma gargalhada vinha mesmo a calhar, e não é que veio!
Não sei bem que concepção do mundo, ou até mesmo da área financeira, é que reina na cabecinha do senhor Armando, mas certamente não será a de muitos de nós. Primeiro existe a questão discutível, e já aqui discutida, sobre esta talvez, passagem entre rivais com as consequências para o mercado que isso poderá significar. Parece estranho que não exista qualquer tipo de cláusula que impeça essa passagem. Eu participei num curso de empreendedorismo e lá fui confrontado com uma cláusula sigilosa, a vigorar por dois anos, devido aos factos que ali iriam ser disponibilizados e tratados. Num mero curso de empreendedorismo! Não acredito que a banca não tenha cautelas semelhantes.
Em segundo lugar parece, aos olhos do senhor Armando, que o BCP e a CGD se interligam como um sistema de vasos comunicantes:
“hmmmm já não estou bem aqui, vou até ao outro lado da rua. Hmmmmmm aqui não gosto, vou de novo para lá!”
Mas isto caberá na cabeça de alguém responsável e ciente da economia de mercado, confidencialidade, concorrência e competitividade do mesmo!? O homem é administrador do maior banco Português? Não parece. Se houvessem dúvidas, que não creio que as haja, de que o senhor Armando é uma “lapa política” que apenas serve para arribar o braço na direcção das conveniências, nos locais certos, quando dá jeito a certos interesses, elas teriam ficado suficientemente, completamente, indubitavelmente afastadas com a sua tomada de posição. Se a CGD ficar sem o senhor Armando, comunico aqui publicamente a minha candidatura espontânea a esse lugar. Aceito metade do seu vencimento auferido pelo anterior administrador, assassinando à porta de entrada os meus escrúpulos, os meus princípios e valores e atenderei o telefone, a troco de mimos, antes das decisões. Ano novo, vida nova.

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