quarta-feira, novembro 28

3.ª Via


Cronologia:
Sempre se discutiu uma alternativa viável ao Aeroporto Internacional de Lisboa - Portela. Durante os primeiros anos de discussão procuraram-se alternativas e chegou-se à pequena vila da Ota. Nos anos seguintes, de mão dada com a especulação dos terrenos, a solução Ota foi sendo aceite e os estudos, amigáveis, foram surgindo. O tempo foi passando, a par dos governos e das promessas até que chegou o actual que, em grandes parangonas e propagandas sempre desmentidas mas desmedidas, acolheram para si a resolução dessa supostas necessidade. O "suposto" é meu e explicarei mais abaixo. A necessidade de contenção fez com que a discussão saísse à rua a par do descontentamento das pessoas sobres a opção, sobre os valores, sobre os estudos, sobre a teimosia. Ota foi sinónimo, durante algum tempo, de debate acesso o que originou uma mobilização de pessoas e entidades com reconhecido valor de modo a verificar a pertinência dessa mesma opção. Estudos sobre estudos até ao dia de hoje, altura na qual, a Ota já está no tempo passado e a opção ou opções parecem ser outras. Existe uma diferença substancial - Enquanto os "(au)Otistas" renegavam, sequer consideravam outras ofertas, os novos mantêm a Ota no leque de opções, mostrando preto no branco as suas virtudes e defeitos. No dia de hoje surgiu uma nova opção que permite poupar muito do nosso dinheiro - Portela + 1. E a discussão irá estender-se, certamente mas existe uma ideia que ainda não vi ninguém explorar. Dizem que o tráfego vai em crescendo mas com a escalada (seja ela baseada em especulação ou não) do preço dos combustíveis eu acredito que o futuro das viagens será bem mais... terrestre. Se os preços continuarem a subir como até aqui será inevitável um aumento do preço dos bilhetes e, se assim for, as viagens irão atingir valores que, a par das dificuldades económicas que se sentem, acabaram por ser incomportáveis para o grosso dos viajantes. Se assim for, o tráfego irá diminuir e a necessidade de um novo aeroporto cairá na mesquinhes de um povo necessitado de obras faraónicas de modo a reforçar a auto estima e a "fazer-se ver". Até lá, as ovelhas ainda terão onde pastar.

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